quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Defensoria em Paraíso participa da “Mobilização pela Cidadania”

Clique na imagem para ampliar


O atendimento aos assistidos na sede da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais em São Sebastião do Paraíso foi restrito nessa terça-feira, dia 17/11 porque no “Dia Estadual de Mobilização pela Cidadania” foram realizadas atividades extrajudiciais, a fim de divulgar as novas atribuições e prerrogativas do setor.

“Estamos realizando um trabalho de conscientização junto à população sobre a falta de recursos humanos para uma melhor prestação de serviços aos nossos assistidos”, relata a defensora Jussara de Oliveira Lauria Resende Torres. A mobilização foi convocada pela Adep-MG - Associação dos Defensores Públicos de Minas Gerais. A iniciativa visa denunciar os indicativos alarmantes da Defensoria Pública de Minas Gerais, apontados pelo Ministério da Justiça.

O Defensor Público-Geral, Belmar Azze Ramos, autorizou a participação dos Defensores nas atividades programadas pela Adep-MG, com o não comparecimento no expediente forense. Ele considerou importante a iniciativa da Associação de classe, que, segundo ele, vai ao encontro do que diz a nova Lei Orgânica da Defensoria Pública.

Em Paraíso a Defensoria suspendeu a participação nas audiências no Fórum e realizou um trabalho de conscientização junto às pessoas que procuraram o órgão. “De manhã foi realizado o atendimento no presídio, é feito o acompanhamento da situação de cada preso, quando 124 internos foram ouvidos”, explica a defensora Jussara. Também foram coletadas assinaturas para uma carta que será encaminhada ao órgão central em Belo Horizonte e, em seguida, ao governo. Ela relata que durante o dia na sede do órgão também distribuiu-se um panfleto, com esclarecimentos sobre os direitos do cidadão.

De acordo com a defensora, a situação no município não é diferente do resto do Estado, “está um caos danado”, comenta. Ela cita que o problema está mais na área de recursos humanos do que na questão estrutural, onde existe bom prédio e equipamentos para o atendimento. “Atendemos a população de Paraíso, do Distrito de Guardinha e São Tomás de Aquino que integra a nossa comarca e somos apenas três defensores, quando haveriam de ser seis”. Jussara chama atenção para o fato de que quando um defensor está em férias apenas dois trabalham.

O atendimento ocorre em várias áreas sendo que em Paraíso são cerca de 300 pessoas que procuram o órgão mensalmente para novas ações. No momento o trabalho está concentrado nas execuções de alimentos que está sendo priorizada. Outras ocorrências são oriundas da Vara Criminal e de Família que concentra a grande maioria, além das ações no juizado especial, na vara civil e tutelas coletivas. “Acredito que se houvesse um maior número de defensores o ganho seria muito maior e beneficiaria até mesmo o governo, pois haveria maior possibilidade de pacificação social”, completa a defensora.

Em função da grande demanda no órgão já havia sido decidido no começo de outubro que novas ações somente serão aceitas a partir de janeiro de 2010. De acordo com o órgão central em Minas gerais há 853 municípios com uma população superior a 19 milhões de habitantes. Para atender a todos os necessitados existem apenas 460 defensores. O advogado que atua na defensoria orienta a pessoa sem condições econômicas de pagar um profissional da advocacia. Ele ainda arca com as despesas de processo judicial,certidões, escrituras sem prejuízo no sustento de sua família.



Fonte: Jornal do Sudoeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário