quinta-feira, 29 de julho de 2010

Rádio Mais FM: “Defensoria Pública em sua casa”

“Defensoria Pública em sua casa” é o nome do programa semanal realizado pela Defensoria Pública de Cataguases, na Zona da Mata. Idealizado pela Defensora da comarca, Eliana Maria de Oliveira Spíndola, e pelo radialista Gomes, o programa pode ser ouvido na Rádio Mais FM 105,7 todas às sextas-feiras, das 11hs às 12hs, com reprise de segunda a sexta, das 20hs às 21hs, ou pela internet http://www.maisfm105.com.br/. O programa está no ar a pouco mais de dois meses.

Eliana Spíndola orienta os ouvintes, que participam por meio de telefonemas. Além do fonoatendimento, os Defensores podem esclarecer seu trabalho e explicar o papel da Defensoria Pública. “Temos notado carência de informação nos assuntos relacionados ao direito de família e ao direito do consumidor”, conta.

Segundo a Defensora, o espaço é gratuito e essencial para que a instituição ganhe reconhecimento e respeito. Os moradores da região que já foram atendidos na Defensoria Pública ou que conhecem a Defensora chegam a pará-la pelas ruas e cumprimentá-la por elucidar os problemas tratados.

“Temos feito todo este trabalho, mesmo com a limitação de Defensores. Até os estagiários já participaram do programa para falar de sua função e da importância em se estagiar na Defensoria Pública”, diz.

Participação de Defensores
Embora seja realizado pela Defensoria de Cataguases, Eliana Spíndola deixa claro que este espaço é de toda a Defensoria Pública: “Quem quiser participar, é só ligar e conversar comigo aqui na Defensoria ou ligar para a própria rádio”. A Defensora finaliza com uma dica: “Os profissionais do interior deveriam procurar a rádio local para fazerem algo parecido”.

A comarca conta ainda com o Defensor Franklin de Paula e quatro estagiários. O telefone da Defensoria Pública de Cataguases é (35) 3422-3344 e o da Rádio Mais FM 105,7 (35) 3422-5566. Participe e apoie a iniciativa.

Ascom / ADEP-MG

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Confira contemplados em sorteio da ADEP-MG

Sorteio realizado às 10h30 desta quarta-feira (28/7) na sede da Associação, em Belo Horizonte indica ganhadores e suplentes. Foram efetuadas 50 inscrições para o II Congresso Mineiro de Direito de Família e Sucessões; 47 para o Seminário organizado pelo IBCCRIM; e 70 para o IX Congresso Nacional dos Defensores Públicos.

De acordo com determinação da diretoria, divulgada ao longo de toda a semana passada, o associado poderia se inscrever para concorrer simultaneamente nos três congressos. Confira a relação de sorteados:

II Congresso Mineiro de Direito de Família e Sucessões
Realização: IBDFAM
Data: 19 a 21 de agosto de 2010
Local: Belo Horizonte (MG)
Informações: secaomg@ibdfam.org.br / (31) 3284-7208 / (31) 8893-3071
Tema: Nas engrenagens do Direito: entre afetos, disputas e leis.
Local: Teatro Granada – Minascentro (Rua Curitiba, nº 1264 – Centro)

Associados sorteados:
Helen Caires Teixeira
Priscilla Angélica do Nascimento
Marco Paulo Denucci Di Spirito
Eliana Maria de Oliveira Spíndola
Danielle Froes Soares dos Santos

Suplentes:
1º Adriana Patrícia Campos Pereira
2º Maria Angélica Feliciano Barreiros

16º Seminário Internacional de Ciências Criminais
Realização: IBCCRIM
Data: 24 a 27 de agosto de 2010
Local: São Paulo (SP)
Informações: http://www.ibccrim.org.br/seminario/2010/seminario.php
Local: Hotel Tivoli São Paulo – Mofarrej ( Al. Santos,1437 – Jardins)

Associados sorteados:
Vanderlei Capanema
Dimas Tameirão dos Santos

Suplente:
Leonardo Carvalho Carreira

IX Congresso Nacional dos Defensores Públicos
Realização: ANADEP
Data: 16 a 19 de novembro de 2010
Local: Campo Grande (MS)
Informações: http://www.congressoanadep.org.br/index.php
Tema: "DEFENSORIA PÚBLICA: NECESSÁRIA AO ESTADO DEMOCRÁTICO, IMPRESCINDÍVEL AO CIDADÃO".
Local: Centro de Convenções “Arquiteto Rubens Gil De Camillo” (Rua Waldir dos Santos Pereira, s/n – Parque dos Poderes Campo Grande - MS

Associados sorteados:
Júlia Roman Carvalho
Claudijane dos Santos Gomes
Márcio Salgado Almeida
Ana Cláudia Almeida Costa Leroy

Suplentes:
1º Marcelo Tadeu de Oliveira
2º José Henrique Maia Ribeiro
Os contemplados deverão confirmar presença até as 14hs do dia 31/7.

Ascom / ADEP-MG

Defensor de Areado é entrevistado na TV Alfenas

O Defensor Público do município de Areado, no sul de Minas, Marcelo Vasconcelos de Sousa, foi entrevistado nesta quarta-feira (28/7) no programa “Direito em Pauta”, da TV Alfenas, repetidora da Rede Minas. Marcelo de Sousa falou sobre "Inquérito e processo sem corpo de delito".

Segundo o Defensor, é possível a instauração de inquérito policial, ajuizamento de ação penal e até condenação sem a realização do auto de corpo de delito direito, podendo a condenação fundar-se apenas em indícios.
A entrevista vai ao ar nesta quinta-feira (29/7), às 18h30 e 22h30. Acompanhe ao vivo pelo site http://www.tvalfenas.com.br

O programa
O programa busca veicular assuntos jurídicos e pode ser assistido todas as quintas-feiras às 18h30 e 22h30. As reprises são às sextas 11h30 e aos sábado 13h30.

Ascom / ADEP-MG

terça-feira, 27 de julho de 2010

Simpósio de Direito de Família

Clique na imagem para ampliá-la.

Falta de defensores paralisa Justiça em Nova Lima

A falta de defensores públicos praticamente paralisou a Justiça em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte. E, quem não tem dinheiro para pagar um advogado precisará ter muita paciência. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a cidade está sem esse profissional há seis meses e o acúmulo de processos nas prateleiras é grande.

Dos 17.444 processos que haviam dado entrada no Fórum até maio, apenas 192 estão concluídos para sentença. A grande maioria depende do trabalho dos defensores públicos e, por isso, estão parados. O juiz responsável pela comarca de Nova Lima informou, por meio da assessoria do TJMG, que já oficiou a Defensoria Pública sobre o problema, mas que não há previsão para restabelecer o quadro.

O técnico em enfermagem José Antônio da Siva, de 63 anos, depende da assinatura do juiz de Nova Lima para conseguir finalizar a venda de um imóvel deixado em inventário pelos pais. Devido à falta de conclusão do processo, ele não consegue modificar o nome do beneficiário e a escritura do imóvel. Segundo ele, todos já assinaram o termo de renúncia, conforme exigido pela Justiça. O processo já passou nas mãos de cinco defensores, mas ainda não foi finalizado. “Estou nessa briga com a Justiça de Nova Lima há oito anos e o que eles me dizem é que faltam defensores públicos.”

A cidade tem três varas, sendo duas cíveis e uma criminal. Ainda de acordo com o TJMG, os motivos de haver um acúmulo de processos são diversos, como o aumento da demanda e a falta de defensor público. Em nota, o tribunal explicou que o acúmulo acontece porque, além de o juiz ter que dar sentença, precisa realizar várias audiências para um mesmo processo, encaminhar diligências, despachar, abrir vista dos processos para Ministério Público e para advogados, procedimentos que interferem no andamento processual.

Fonte: Portal Uai

Votação de aumento para defensores e advogados públicos fica para agosto

Um pedido de vista do deputado Francisco Tenório (PMN-AL) adiou para 5 de agosto a votação do substitutivo do deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) às propostas de emenda à Constituição que aumentam o salário de advogados e defensores públicos – PECs 443/09, do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), e 465/10, do deputado Wilson Santiago (PMDB-PB).

Francisco Tenório quer que os delegados de polícia também sejam incluídos no texto, apesar de a categoria já ser objeto da PEC 549/06, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que está pronta para ser votada pelo Plenário.

Tenório acredita que as chances de atender à reivindicação dos delegados aumenta se a categoria for incluída na mesma proposta dos advogados e defensores públicos. Ele pretende apresentar um voto em separadoEspécie de manifestação alternativa ao voto do relator em uma comissão, podendo ser apresentado por qualquer dos demais integrantes. que beneficie os policiais. “A PEC dos delegados está parada há mais de dois anos. Temos de incluir tudo nesta e torná-la prioritária”, disse.

Como o pedido de vista suspende a votação por duas sessões do plenário e o recesso parlamentar começa na próxima semana, a votação do texto na comissão especial foi remarcada para 5 de agosto.

Vinculação
De acordo com o substitutivo apresentado por Benevides, a remuneração do topo das carreiras de advogados e defensores públicos será 90,25% do subsídio dos ministros do STF, o teto do funcionalismo. Em valores atuais, o salário final passaria de R$ 19.451 para R$ 24.117.

A proposta beneficia defensores públicos estaduais e federais, que prestam assistência judicial a quem não tem condições de pagar advogado. Favorece também os advogados da União, procuradores da Fazenda Nacional e do Banco Central, procuradores federais e estaduais, carreiras responsáveis pela defesa judicial e extrajudicial de órgãos públicos, autarquias e fundações.

Fundo constitucional
Mauro Benevides disse que rejeitou a inclusão dos delegados no texto não apenas por já haver uma PEC sobre o assunto, mas porque a emenda também previa a criação de um fundo constitucional.

“A criação de um fundo constitucional não está nos limites da comissão especial. Essa proposta teria de ter o aval do governo, já que de lá sairia o dinheiro para assegurar esses recursos”, disse Benevides.

O deputado ressaltou ainda que o pedido de vista faz parte do processo legislativo e não representa um obstáculo maior à proposta. “O deputado Francisco Tenório usou de uma prerrogativa de todos os membros. Ele é delegado e seus companheiros de carreira devem ter demonstrado apreensão porque não acolhi emenda que beneficiava a categoria”, disse o relator.

Para o presidente da comissão especial, deputado José Mentor (PT-SP), não cabe incluir os delegados na proposta de advogados e defensores, mas brigar junto às lideranças para que todas as PECs sejam analisadas juntas. “É preciso que façamos um esforço para que as propostas sejam pautadas e aprovadas simultaneamente. O pedido de vista divide interesses, ao invés de juntá-los”, disse Mentor.

Já o presidente do Fórum Nacional da Advocacia Pública, João Carlos Souto, chamou o pedido de vista de “infeliz”. “Era muito mais vantajoso que as PECs caminhassem juntas. O que o deputado Tenório fez vai causar uma revolta na advocacia pública”, reclamou Souto. Ele ressaltou que os advogados e defensores querem somente colocar as duas carreiras no mesmo patamar do Ministério Público e do Poder Judiciário.

Continua:

Íntegra da proposta:
PEC-443/2009

Fonte: Agência Câmara

Bicicleta de assistido é furtada na Defensoria Pública de Janaúba

A bicicleta foi roubada da garagem da casa onde a Defensoria Pública de Janaúba está instalada, segunda-feira (26/7), enquanto o dono era atendido. Ao perceber o desaparecimento de sua condução, o assistido entrou em contato com a polícia que, após fazer o boletim de ocorrência, a recuperou.

Segundo a coordenadora da instituição no município, Claudijane dos Santos Gomes Ferreira, antes de cometer o furto, o acusado estava na Defensoria para receber orientação. “Não sabemos se ele fez isso para nos enganar ou se realmente queria algum tipo de serviço”, conta.

Por se tratar de uma cidade plana, boa parte dos moradores de Janaúba usa este meio de transporte. O que facilita a venda de bicicletas roubadas.

Para se ter ideia da quantidade de roubos no local, entre o mês de junho e julho foram furtadas três bicicletas, todas nas dependências da Defensoria Pública. Claudijane Ferreira acredita que, para diminuir o número incidências, é necessário investir na área de segurança. “A contratação de segurança, instalação de cercas elétricas e de câmeras resolveria o problema”, avalia.

Como casos de roubos na região têm acontecido com frequência, a Defensora teme que furtem bens da instituição.

Ascom / ADEP-MG

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ouça “Pergunte ao Defensor” deste último sábado

Confira no programa Pergunte ao Defensor deste último sábado (27/7) a orientação dada pela Defensora Pública Ana Paula Starling, titular da Vara de Execução Criminal (VEC) de Belo Horizonte, a ouvinte do presídio José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana da capital.

Ouça também entrevista do Defensor Hélio da Gama, explicando o projeto Casa Cidadania, representação da Defensoria Pública no Morro do Papagaio, no aglomerado Santa Lúcia.
Por telefone, o Defensor Público Rafael Boechat, que atua na comarca de Ipatinga, um dos autores do “Saída Legal”, voltado para presos beneficiados com saídas temporárias, contou detalhes da iniciativa.

Ouça


Ascom / ADEP-MG

Diretor-Secretário da ADEP cria versão 2.0 de banco de dados

O Defensor Público, Eduardo Cavalieri Pinheiro, criou a versão 2.0 do Banco de Dados dos Defensores Públicos (BADEP). Este novo banco de dados tem como finalidade facilitar o acesso aos dados cadastrais dos assistidos, além de auxiliar o defensor no preenchimento dos relatórios mensais. Segundo Cavalieri, com o BADEP 2.0 é possível, inclusive, gerenciar assistidos que estão presos. A ferramenta ainda oferece a funcionalidade de gerenciar, registrar e imprimir correspondências a serem enviadas ao necessitado.

"O BADEP foi desenvolvido em razão da necessidade de melhor comunicação com o assistido", explica o Diretor-Secretário da ADEP.

A versão 2.0 foi projetada para funcionar na plataforma do BrOffice 3, sendo incompatível com versões anteriores do pacote de aplicativos.

Baixe a apostila, o banco de dados e a carta do BADEP (clique aqui).

Relembre:
Defensor cria banco de dados para preenchimento de relatórios

Ascom / ADEP-MG

CNJ: Judiciário faz mobilização nacional para revisar situação de crianças e adolescentes acolhidos

Terá início nesta terça-feira (27/7) uma mobilização nacional para revisar a situação de crianças e adolescentes que estão em unidades de acolhimento. A ação promovida pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com as Coordenadorias de Infância e Juventude tem como objetivo traçar um diagnóstico da situação dos jovens abrigados, verificar quantas crianças estão nessas instituições e identificar as unidades de acolhimento existentes no país. “A iniciativa vai permitir um levantamento fiel da situação das crianças e dos adolescentes que estão nas entidades, para que o Judiciário tome as providências necessárias para atender aos interesses das crianças”, destaca o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Nicolau Lupianhes.

Durante três meses, as coordenadorias estaduais realizarão audiências para verificar a situação pessoal e processual de cada criança e adolescente acolhido no país. O objetivo da mobilização é o de atualizar a situação desses jovens. Com isso, espera-se reduzir o tempo de permanência nos abrigos e a lentidão da Justiça para garantir a reintegração familiar, seja na biológica ou na substituta por meio de adoção. Durante a mobilização, também serão feitas visitas aos estabelecimentos para verificar as condições físicas dos locais e o tratamento dado às crianças e aos adolescentes – se estão sob medidas protetivas de acolhimento e sendo acompanhadas pelos juízes das Varas de Infância e Juventude.

As audiências concentradas reunirão todos os envolvidos na questão, incluindo representantes do Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e podem ser realizadas nas próprias instituições de acolhimento. Os familiares de menores submetidos à medida protetiva de acolhimento serão ouvidos pelos juízes, além das crianças e dos integrantes da equipe multidisciplinar do abrigo, como psicólogos e assistentes sociais. A ideia é avaliar a situação dos menores e definir se eles têm condições de serem reintegrados à família de origem, a uma família extensa (tios, ou avós), ou se devem ser disponibilizados para adoção.

A realização das audiências foi proposta durante o I Encontro Nacional das Coordenadorias de Infância e Juventude, que reuniu no mês de abril em Brasília todas as coordenadorias dos Tribunais de Justiçado país. Como resultado, a Corregedoria Nacional de Justiça publicou a Instrução Normativa 2, que disciplina a adoção dessa e de outras iniciativas destinadas à regularização do controle das unidades de abrigamento e de execução das medidas de acolhimento (institucional ou familiar). Entre elas está o estabelecimento de parcerias entre o Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a Ordem dos Advogados do Brasil, o Conselho Tutelar, universidades, entre outros. Pela Lei 12.010 de 2009, que dispõe sobre adoção e altera o Estatuto da Criança e do Adolescente, a situação dos jovens em unidades de acolhimento deve ser revista a cada seis meses.
Fonte: CNJ

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Pós-Graduação Oswaldo Cruz



Turmas presenciais - Belo Horizonte - Agosto 2010 - Matrículas abertas

Início das aulas: 20 de agosto

Uma vez ao mês, dividido em quatro turnos a saber: sexta (18h- 23 h) - sábado (8h- 13h/ 14h- 19h) - domingo (8h- 13h).
Intervalos de 20 minutos.

Investimento: 20 x R$ 540,00. Desconto: 5% para pagamento até o dia 1º de cada mês.

Cursos abertos para início em agosto:


Ciências forenses...................................... inscrição


Público alvo: Profissionais graduados com formação acadêmica básica nas áreas de Saúde (farmacêuticos, farmacêuticos – bioquímicos, médicos, dentistas, biólogos, biomédicos,veterinários, etc); Exatas (engenheiros, químicos, físicos, matemáticos, etc); Ciências humanas e sociais (advogados, arquitetos, contadores, tecnólogos da informação, etc) e ainda policiais militares,civis e da carreira judiciária.


Objetivo: O programa foi concebido de modo a abordar todos os aspectos da elaboração de laudos técnico–científicos, passando pelo estudo da formulação, produção, controle de qualidade bio–jurídico–físico–químico–contábil, entre outras áreas do conhecimento, na análise de casos concretos de ilícitos de maneira geral, ou mesmo da área trabalhista.


Taxa de matrícula/inscrição valor R$ 250.00.

Obs.: Com indicação de 3 pessoas que se matricularem em qualquer curso de pós- graduação da Faculdade Oswaldo Cruz, o senhor(a) terá isenção da taxa de inscrição. Se uma pessoa efetivar a inscrição juntamente contigo, o senhor(a) terá isenção de metade da taxa de inscrição.

Documentos necessários para a matrícula:
– Comprovante do pagamento da taxa de inscrição;
– Cópia autenticada do RG;
– Cópia autenticada do Diploma de Curso Superior;
– Cópia autenticada do Histórico Escolar;
– Currículum Vitae;
– Uma foto 3x4 (recente).


Iniciativa e operação logística: Avanço Educação
Projeto pedagógico: Faculdades Oswaldo Cruz


Avenida Alvares Cabral, 344 - 11° andar - sala 1101 - CEP: 30.170-911
tel (31) 3234-8888 Belo Horizonte – Bairro Lourdes – MG– Brasil

Ascom / ADEP-MG

Defensora responde carta de ouvinte preso em Ribeirão das Neves

No programa Pergunte ao Defensor deste sábado (24/7), a Defensora Pública Ana Paula Starling, titular da Vara de Execução Criminal (VEC) de Belo Horizonte, responde carta de ouvinte que cumpre pena no presídio de José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana da capital. O ouvinte foi preso em 2007, por tráfico de drogas e condenado a nove anos de reclusão, mas teve a pena reduzida para seis. Ana Paula Starling consultou o processo e fez as devidas orientações.

No quadro “Nosso Convidado”, o Defensor Hélio da Gama, idealizador do projeto Casa Cidadania, representação da Defensoria Pública no Morro do Papagaio, no aglomerado Santa Lúcia, explica a iniciativa inédita no País.

Por telefone, o Defensor Público Rafael Boechat, que atua na comarca de Ipatinga, um dos autores do “Saída Legal”, voltado para presos beneficiados com saídas temporárias, conta detalhes da ação.

Serviço
Programa Pergunte ao Defensor
Horário: 12h
Onde: Rádio Favela (106,7). A rádio pode ser ouvida pela internet, no endereço www.radiofavelafm.com.br.

Não perca o Programa deste sábado (24/7).

Ascom / ADEP-MG

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Defensoria Pública de Juiz de Fora e CRAS realizam Ação Comunitária

A Defensoria Pública de Juiz de Fora, no Sul de Minas, e o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade realizaram, sábado (17/7), das 13hs às 16h30, com o apoio da ADEP-MG, Ação Comunitária na Vila Olavo Costa. O objetivo era explicar o trabalho do Defensor, bem como a área de atuação da Defensoria Pública. Segundo a Defensora Gilmara Andrade dos Santos, a apresentação abordou questões básicas como: onde funciona a Defensoria Pública e qual o perfil de seus atendidos.

A ADEP-MG cedeu materiais como cartilhas, panfletos e folder, a fim de facilitar a compreensão dos participantes. Assim que as dúvidas surgiam, os profissionais esclareciam cada caso em particular.

Apesar de toda divulgação que é feita na cidade, percebeu-se que boa parte da população local desconhecia o papel do Defensor Público. Para se ter ideia, chegaram a dizer que não sabiam que tinham o direito de serem atendidas gratuitamente. Por este motivo, por gerar consciência no povo, Gilmara Santos acredita que os resultados foram bons. “Nós saímos de lá felizes por tudo que foi feito”, diz.

Além dos atendimentos, houve várias apresentações culturais como dança, capoeira e quadrilha.
“O CRAS faz um bom trabalho por aqui. A coordenação disponibilizou espaço físico para nossa atuação. Por se tratar de uma vila carente, eles chegam a oferecer café da manhã, almoço e jantar para muitos”, finaliza a Defensora.

O Centro de Referência promove, pelo menos uma vez por mês, atendimentos e palestras de interesse da comunidade.

A ação contou ainda com a participação dos Defensores Públicos Luciana Ferreira Gagliardi, Margarida Barreto, e do coordenador local Ruben Souza.

Ascom / ADEP-MG

Artigo inconstitucionalidade da súmula 421 do STJ

Súmula 421 do STJ: um equívoco que persiste

No ano de 2003, a 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça[1] firmou entendimento, através da decisão prolatada no Recurso Especial 493.342/RS[2], no sentido de que a Defensoria Pública estadual, por ser entidade desprovida de personalidade jurídica, não pode recolher honorários sucumbenciais decorrentes de condenação contra a Fazenda Pública estadual, em causa patrocinada por Defensor Público. O ministro José Delgado, então relator do acórdão, consignou que:

“A Defensoria Pública é mero, não menos importantíssimo, órgão estadual, no entanto, sem personalidade jurídica e sem capacidade processual, denotando-se a impossibilidade jurídica de acolhimento do pedido da concessão da verba honorária advocatícia, por se visualizar a confusão entre credor e devedor.”

Leia a íntegra do artigo do Defensor Público Cirilo Augusto Vargas publicado na Revista Consultor Jurídico,
clique aqui.

Ascom / ADEP-MG

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Presidente da ADEP-MG participa de mutirão em Papagaios

O presidente da ADEP-MG, Felipe Soledade, participou nesta quarta-feira (21/7) de mutirão realizado no município de Papagaios. Os atendimentos foram realizados na Câmara municipal, das 9h30 às 18h, e, embora tenha se concentrado na área de família, também houve orientação na área cível e criminal.

O município pertence à comarca de Pitangui, Zona da Mata, e tem apenas uma Defensoria Pública para atender cinco cidades: Papagaios, Maravilha, Conceição do Pará, Leandro Ferreira e Pitangui. A intenção da iniciativa era levar acesso a Justiça à pessoas que não têm condição de se dirigirem à única Defensoria Pública da região. Estagiários e servidores também ajudaram nos atendimentos.

A organizadora da ação, Defensora Hellen Caires Teixeira, acredita que o objetivo foi alcançado. “É a terceira vez que fazemos mutirão como este e mantemos a mesma média de atendimento”, comenta. Para Felipe Soledade, eventos como este demonstram a importância de a Defensoria Pública estar perto do cidadão. Para o conselheiro tutelar de Papagaios, Carlos Heleno, o mutirão surtiu efeito positivo no município. “Foi um sucesso. Deu um bom número de pessoas, todo mundo ficou satisfeito. A Defensoria resolveu vários problemas do povo”, conta.

A Câmara Municipal e a Prefeitura apoiaram o projeto e disponibilizaram transporte, alimentação para os profissionais e local para a prestação de serviço.

Até o fechamento da matéria o percentual de atendimentos não havia sido divulgado. Mas, Hellen Caires acredita que uma média de 100 pessoas foram atendidas; incluindo a realização de 19 audiências, com o Tribunal de Justiça, na presença de um conciliador.

A Defensora Pública Daniela Quintão também esteve presente e representou a Corregedoria da instituição.

Ascom / ADEP-MG

Defensor Público participa de Programa sobre EC 66/10 em Alfenas

O Defensor Público da Vara de Família de Alfenas, Renato Faloni de Andrade foi entrevistado nesta quarta-feira (21/7) no programa “Direito em Pauta”, da TV Alfenas- Rede Minas. Renato Faloni respondeu questões sobre emenda constitucional do divórcio imediato (EC 66/10), em vigor desde sua publicação (14/7).

Para o Defensor, a emenda, apesar de gerar economia financeira e de tempo, bem como diminuição de processos, dá seguimento ao que a comunidade jurídica tem chamado de banalização da entidade familiar decorrente do casamento. Fenômeno deflagrado com a emenda Nelson Carneiro em 1977, que acolheu o divórcio no Brasil.

“A emenda não acaba com a separação, pois o casal pode querer extinguir a sociedade conjugal, com manutenção do vínculo conjugal, objetivando eventual restabelecimento daquela. Além disso, a nova redação do texto constitucional indica que o casamento poderá ser extinto com o divórcio, apontando ser facultativa sua ocorrência”, explica.

Esta gravação vai ao ar nesta quinta-feira (22/7), às 18h30 e 22h30. Acompanhe ao vivo pelo site http://www.tvalfenas.com.br

O programa
O programa busca veicular assuntos jurídicos e pode ser assistido todas as quintas-feiras às 18h30 e 22h30. As reprises são às sextas 11h30 e aos sábado 13h30.

Ascom / ADEP-MG

terça-feira, 20 de julho de 2010

NOTA DE REPÚDIO

Em referência ao material de campanha divulgado pelo candidato Belmar Azze Ramos, via email, DESMENTIMOS a informação de que a ADEP-MG teria feito um “entendimento” com o então DPG, de abandonar o pleito de promoções em favor da luta pela recomposição do valor do subsídio. Em verdade, não há, nem nunca houve entendimento algum da ADEP-MG com o candidato ou membros de sua administração para abrir mão de qualquer pleito em favor da campanha remuneratória. A responsabilidade pela falta de promoções é do referido DPG, que não viabilizou, no período de dois anos os recursos necessários junto ao Governo do Estado. Esclareça-se ainda que o início do processo de promoções não se vincula ao calendário eleitoral e, portanto, poderia e pode ter início após o prazo final para reajustes do subsídio.

A César o que é de César!

Felipe Augusto Cardoso Soledade
Presidente

Coordenador de DHDPMG participa de reunião sobre conflitos agrários no TJ

O coordenador de Direitos Humanos da Defensoria Pública de Minas Gerais (DHDPMG), Gustavo Corgosinho Alves Meira participou na quinta-feira (15/7), de reunião promovida pelo presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Cláudio Costa. O encontro teve como objetivo discutir questões relacionadas aos conflitos agrários em Minas Gerais com o ouvidor Agrário Nacional e presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, desembargador Gercino José da Silva Filho.

Segundo Gustavo Corgosinho a reunião foi positiva e garantiu maior integração à todas as instituições voltadas para conflitos agrários. “O desembargador Gercino José da Silva Filho ainda se comprometeu a oferecer ao departamento de DHDPMG apoio instrumental mais adequado para acompanharmos esses casos in loco”, diz.

Também participaram da reunião o juiz da Vara Agrária de Minas, Gerais Alberto Diniz Júnior; o procurador regional da República e integrante da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, que também representou o Ministério Público Federal, José Eleares Marques Teixeira; e o procurador de Justiça e representante do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça, Afonso Henrique de Miranda Teixeira.

O encontro ainda teve presença de Cláudio Rodrigues Braga, representante do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, na Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo; de Melchior Augusto de Melo, superintendente regional substituto do Incra, em Belo Horizonte; e de Aldenir Viana, diretor de Promoção e Defesa da Cidadania no Campo do Instituto de Terras do Estado de Minas Gerais (Iter), que representou o secretário de Estado para Assuntos de Reforma Agrária e diretor-geral do Iter, Manoel da Silva Costa Júnior.

Ascom / ADEP-MG

Prazo para inscrições no I Congresso de Defensores Públicos da Infância e da Juventude termina nesta terça-feira (20)

Os Defensores Públicos interessados em participar do I Congresso Nacional de Defensores Públicos da Infância e da Juventude têm até a próxima terça-feira, dia 20 de julho, para se inscreverem no evento.

O objetivo do I Congresso é viabilizar a troca de informações, teses institucionais e experiências de atuações na área da infância e juventude entre as diversas Defensorias Públicas dos Estados da Federação, contribuindo para o fortalecimento político, jurídico e social da rede de defesa dos direitos das crianças e adolescentes.

O evento será realizado no período de 19 a 21 de agosto, no auditório Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Para fazer a inscrição, o defensor deve enviar nome completo, estado da federação, endereço eletrônico e telefone para o e-mail nucleo.infancia@dpesp.sp.gov.br .

Mais informações no site da ANADEP.

Fonte: ANADEP

Seminário Direitos Humanos e Sistema de Justiça

O Grupo de Pesquisas Direitos Humanos, Poder Judiciário e Sociedade está organizando o seminário Direitos Humanos e Sistema de Justiça entre os dias 25 e 26 de novembro de 2010, na Faculdade de Direito da UERJ – Rio de Janeiro.

Os objetivos são reunir e articular pesquisadores de todo o Brasil que estejam investigando as possibilidades da efetivação e justiciabilidade dos direitos humanos por meio do sistema de justiça do Brasil; c
ongregar e apresentar trabalhos e pesquisas que permitam uma melhor compreensão do sistema de justiça como locos estratégico da proteção dos direitos humanos no Brasil.

Estão convidados professores, pesquisadores, alunos de pós-graduação e graduação, bem como aqueles que atuam no Sistema de Justiça, nas entidades da sociedade civil e nos movimentos sociais.

Mais informações, clique aqui.

Ascom / ADEP-MG

Defensora Pública do Rio de Janeiro participa do “Pergunte ao Defensor”

No programa Pergunte ao Defensor deste sábado (17/07), a Defensora Pública do Rio de Janeiro, Cristiane Xavier, que atua no Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher é a Nossa Convidada. Partindo do episódio Elisa Samúdio, a Defensora, que participou na semana passada de programas de abrangência nacional na televisão, e foi ouvida por vários jornais do Rio de Janeiro, orienta as mulheres e discute as várias formas de violência.

A Defensora Pública Débora Carvalho de Oliveira Leite, que atua na 31ª área Civil da capital, participa do quadro Defensor Responde. Uma ouvinte relata que, em decorrência do trabalho que exercia em um restaurante, teve dermatite nas mãos e os patrões se recusam a auxiliá-la. A Defensora esclarece qual é atuação da Defensoria neste caso.

Serviço
Programa Pergunte ao Defensor
Horário: 12h
Onde: Rádio Favela (106,7). A rádio pode ser ouvida pela internet, no endereço www.radiofavelafm.com.br.


Ouça o programa Pergunte ao Defensor de sábado (17/7).



Ascom / ADEP-MG

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Defensor mineiro participa do I Congresso Nacional de Defensores Públicos da Infância e Juventude

O Defensor Público que atua na Infância e Juventude em Belo Horizonte, Wellerson Eduardo da Silva Corrêa, participa como debatedor no I Congresso Nacional dos Defensores Públicos da Infância e da Juventude. O evento acontece em São Paulo entre os dias 19 e 21 de agosto e tem o objetivo de contribuir para o fortalecimento da rede de defesa dos direitos das crianças e adolescentes.

O Defensor Público é um dos participantes do painel do dia 19, “Espaços políticos da atuação da Defensoria Pública – Onde queremos ir? Agenda Política, representatividades e estratégias de atuação para fortalecimento da defesa técnica”. Participam também deste painel a Defensora Pública do Piauí, Alynne Patrício de Almeida de Almeida; Defensor Público de São Paulo, Diego Vale de Medeiros; Defensoria Pública da Bahia, Maria Carmen de Albuquerque Novaes; e a de Defensora Pública do Pará, Nádia Maria Bentes.

Representantes de entidades, atores do sistema de justiça e demais profissionais que atuam na defesa dos direitos da criança participam das mesas-redondas, exposições e construções coletivas propostas pelo Congresso. Os painéis e palestras abordarão diversos temas, tais como os espaços políticos de atuação das defensorias públicas, novos rumos internacionais da defesa técnica, além dos desafios e avanços alcançados nos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente.

A programação também inclui a apresentação e aprovação de teses de defesa pelo Fórum Nacional dos Defensores Públicos Coordenadores de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes.

Para participar do I Congresso Nacional dos Defensores Públicos da Infância e da Juventude, o defensor público deve encaminhar: nome completo, Estado da federação, endereço eletrônico e telefone para o email nucleo.infancia@dpesp.sp.gov.br, até o dia 20 de julho.

Ascom / ADEP-MG com informações da ABMP

Número de denúncias de agressões contra mulheres cresce assustadoramente em Moc

Cansada, depois das inúmeras agressões sofridas nos últimos meses, Maria Fernanda (nome fictício) resolveu dar um basta na situação e procurou o Nudem – Núcleo de defesa da mulher vítima de violência, da defensoria pública da regional de Montes Claros. Assim como ela, diversas mulheres em todo o Norte de Minas sofrem de violência doméstica. A violência contra a mulher é um dos crimes mais antigos do mundo e ainda muito encoberto. Apesar do avanço na legislação brasileira, as agressões continuam, na maioria das vezes, praticadas pelos próprios companheiros. Nem a lei Maria da Penha tem intimidado alguns homens, que talvez se asseguram na omissão das companheiras em denunciá-lo.

Nos últimos 15 dias, ao menos quinze mulheres procuraram a regional da defensoria pública em Montes Claros e denunciaram a violência que vêm sofrendo nos últimos anos.

Segundo Maiza Rodrigues da Silva, coordenadora/gestora da defensoria da mulher, provavelmente o aumento das denúncias nos 15 primeiros dias do mês de julho se deve aos casos da amante do goleiro Bruno e da advogada Mércia, vítimas de agressões que resultaram na morte das duas mulheres.

- Acredito que esses dois casos que estão na mídia nacional incentivaram algumas mulheres, que resolveram sair do anonimato e denunciar os companheiros violentos. As denunciantes têm medo de que aconteça com elas o que aconteceu com as vítimas - afirma.
Segundo Maiza, entende-se por violência contra a mulher qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada.

Tendo em vista que a violência doméstica ocorre no âmbito familiar, as mulheres agredidas possuem laço afetivo muito forte com o agressor, uma das razões pelas quais silenciam diante do problema ao invés de denunciá-lo.

Cansada, depois das inúmeras agressões sofridas nos últimos meses, Maria Fernanda (nome fictício) resolveu dar um basta na situação e procurou o Nudem – Núcleo de defesa da mulher vítima de violência, da defensoria pública da regional de Montes Claros. Assim como ela, diversas mulheres em todo o Norte de Minas sofrem de violência doméstica. A violência contra a mulher é um dos crimes mais antigos do mundo e ainda muito encoberto. Apesar do avanço na legislação brasileira, as agressões continuam, na maioria das vezes, praticadas pelos próprios companheiros. Nem a lei Maria da Penha tem intimidado alguns homens, que talvez se asseguram na omissão das companheiras em denunciá-lo.

Nos últimos 15 dias, ao menos quinze mulheres procuraram a regional da defensoria pública em Montes Claros e denunciaram a violência que vêm sofrendo nos últimos anos.
Segundo Maiza Rodrigues da Silva, coordenadora/gestora da defensoria da mulher, provavelmente o aumento das denúncias nos 15 primeiros dias do mês de julho se deve aos casos da amante do goleiro Bruno e da advogada Mércia, vítimas de agressões que resultaram na morte das duas mulheres.

- Acredito que esses dois casos que estão na mídia nacional incentivaram algumas mulheres, que resolveram sair do anonimato e denunciar os companheiros violentos. As denunciantes têm medo de que aconteça com elas o que aconteceu com as vítimas - afirma.
Segundo Maiza, entende-se por violência contra a mulher qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada.

Tendo em vista que a violência doméstica ocorre no âmbito familiar, as mulheres agredidas possuem laço afetivo muito forte com o agressor, uma das razões pelas quais silenciam diante do problema ao invés de denunciá-lo.

A coordenadora do núcleo em Montes Claros afirma ainda que o número de mulheres vítimas de violência doméstica é enorme, mas é impossível fazer uma estatística real, pois a grande maioria não denuncia.

- Não é por acaso que as mulheres são as maiores vítimas, nem porque as mulheres naturalmente sejam mais frágeis ou submissas. A violência contra as mulheres ocorre no contexto social e histórico em que as mulheres são discriminadas, tendo menor acesso à educação, a recursos materiais e simbólicos e a poder, tanto no âmbito privado quanto no público - diz.

Ela lembra que as maiores dificuldades enfrentadas para a formulação e execução de programas e políticas que enfrentem o problema da violência contra mulheres é justamente a crença de que a violência no âmbito doméstico contra mulheres ou meninas era um problema da ordem do privado e familiar.

- Este problema no Brasil pode ser visto na expressão popular em briga de marido e mulher ninguém mete a colher - afirma.

Mensalmente, 70 mulheres são atendidas no núcleo da defensoria pública em Montes Claros. Após o atendimento e orientação jurídica e psicológica e encaminhamento para os programas sociais do governo, somente 60% das mulheres que retornam ao Nudem apresentam a documentação necessária à propositura de medidas judiciais cabíveis. Grande parte das mulheres desiste na fase de impetração de medidas de proteção. Poucas continuam com o caso até ser encaminhado ao ministério público.

Além da violência contra a mulher, 33 ações mensais de pensão alimentícia e separação judicial que foram provocadas pela violência doméstica são propostas pelo núcleo em Montes Claros, contudo, sem denúncia formal ao judiciário.

OMISSÃO DE AUTORIDADES POLICIAIS

Para as defensoras públicas Maurina e Maiza, diversos casos poderiam ter resultado na prisão dos agressores, contudo existe uma omissão e conivência por parte de algumas autoridades policiais.

Segundo elas, há situações em que alguns delegados não acreditam na versão da vítima e, depois de conversas entre agressor e agredido, liberam o homem, que continua agredindo a mulher.
Muitas mulheres não denunciam devido ao fato de depender financeiramente dos agressores. Segundo a defensora pública, o medo de não ter para onde ir faz com que várias mulheres continuem apanhando dos companheiros.

CONHECIMENTO DA LEI POR PARTE DA PM É IMPRESCINDÍVEL
Para auxiliar mulheres vítimas de violência doméstica, Maurina Fonseca afirma que um fator preponderante seria que policias militares estudassem melhor a lei Maria da Penha. De acordo com a defensora, no artigo 11, incisos I, II, III e IV, diz que, no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá: garantir proteção policial quando necessário, comunicando de imediato ao ministério público e ao poder judiciário; encaminhar a ofendida ao hospital, posto de saúde ou IML; fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro quando houver risco de vida e, se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar.

- Conhecendo essas leis, policiais militares podem contribuir com a elucidação de vários casos. E as mulheres, se soubessem dos verdadeiros direitos delas, denunciariam casos que ficam ocultos e impunes - afirma.

CASO DO GOLEIRO BRUNO PODERIA TER SIDO EVITADO, AFIRMA DEFENSORA
O caso do possível assassinato da ex-amante do goleiro Bruno do Flamengo é apenas uma pequena mostra da violência contra a mulher e poderia ter sido evitado, segundo Maurina.
De acordo com ela, em outubro do ano passado, após Eliza representar ação informando que o goleiro Bruno a ameaçava de morte, a juíza da vara da família do estado do Rio de Janeiro entendeu que eles não tinham nenhum vínculo familiar e nunca moraram juntos. Porém, Maurina observa que, o artigo 5º, inciso III da lei Nº 11.340, a lei Maria da Penha, diz pode ser considerado violência contra a mulher qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

- A juíza entendeu que ele não poderia fazer nada com a ex-modelo porque eles nunca moraram juntos. A morte poderia ser evitada se a juíza tivesse tomado medidas protetivas em favor da mulher - afirma.

Ainda de acordo com a coordenadora, os números são assustadores e frequentes em todas as classes sociais, problema cada vez mais difícil de resolver. Em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil, média que fica acima do padrão internacional. A motivação geralmente é passional. Estes são alguns dos resultados do estudo intitulado Mapa da Violência no Brasil 2010, realizado pelo unstituto Zangari, com base no banco de dados do SUS - Sistema único de saúde.

Fonte: O Norte de Minas

Pec do Piso Nacional: Relator apresenta parecer favorável, mas pedido de vista adia votação

Advogados e Defensores Públicos de todo o país superlotaram hoje, dia 14 de julho, o plenário 13 da Câmara dos Deputados para assistir a apresentação e votação do parecer do relator, Deputado Mauro Benevides (PMDB/CE), sobre a PEC do Piso Nacional.

Instalada no mês passado, a Comissão Especial analisa as propostas de emenda à Constituição 443/09, do Deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) e 465/10, do Deputado Wilson Santiago (PMDB-PB).

Em um dia de pouco movimento no Congresso Nacional, Benevides apresentou o relatório favorável às PECs (conheça o relatório). No entanto, o parecer não foi votado em razão do pedido de vista do Deputado Francisco Tenório (PMN-AL).

Ao apresentar o parecer, o relator ressaltou o fato de que “até o presente, inexiste um tratamento remuneratório coerente e uniforme, como no caso do Poder Judiciário”. Benevides também rejeitou as emendas que pediam a inclusão de outras categorias na PEC, destacando a existência de PECs especificas que tratam da política remuneratórias dessas carreiras.

Para garantir o quórum e o apoio dos membros da Comissão Especial, as associações e Defensores Públicos presentes enviaram mensagens aos parlamentares de seus estados, evidenciando o esforço conjunto de diretores da ANADEP e das associações estaduais, do Distrito Federal e federal, em parceria com o CONDEGE e com as entidades de classe dos advogados públicos, que percorreram os gabinetes de todos os membros da comissão pedindo o comparecimento à reunião e o apoio à aprovação da PEC.

Logo após a apresentação do pedido de vista feita pelo Deputado Francisco Cavalcante, que é delegado de polícia e ex-presidente da ADEPOL-AL, o presidente da Comissão Especial, Deputado José Mentor, solicitou a reconsideração do pedido, enfatizando que a política remuneratória dos Delegados de Polícia já é objeto de outra PEC, que aguarda apenas votação no plenário da Câmara.

Também pediram a desistência do pedido de vista os deputados Wilson Santiago (PMDB/PB), Mauro Benevides (PMDB/CE), Gorete Pereira (PR/CE), Félix Mendonça (DEM/BA), Edmilson Valentin (PCdoB/RJ), Vieira da Cunha (PDT/RS), Uldurico Pinto (PHS/BA), Luiz Couto (PT/PB) e Perpétua Almeida (PCdoB/AC).

Segundo o presidente da ANADEP, André Castro, “todos trabalhamos bastante, não apenas para garantir o quórum, mas também para subsidiar o excelente parecer do relator e para convencer cada deputado integrante da comissão sobre a importância da aprovação da PEC e, nesse sentido, tenho certeza que demos um grande passo hoje”. Sobre o pedido de vista, Castro ressaltou que “até o último minuto tentamos convencer a ADEPOL que a solicitação era um equívoco, pois atrasa a votação da nossa PEC e não contribui em nada para o avanço da PEC dos delegados. Lamentamos, mas acreditamos em um entendimento. Vamos continuar trabalhando firme para a rápida aprovação do parecer”.

O presidente da comissão, Deputado José Mentor, marcou a próxima reunião da Comissão Especial para o dia 05 de agosto.



Fonte: ANADEP

quarta-feira, 14 de julho de 2010

ADEP-MG sorteia associados para congressos

A Associação dos Defensores Públicos de Minas Gerais irá sortear inscrições para os associados participarem de diversos congressos. Estão programados sorteios para: II Congresso Mineiro de Direito de Família e Sucessões, realizado pelo IBDFAM; 16º Seminário Internacional de Ciências Criminais realizado pelo IBCCRIM; IX Congresso Nacional dos Defensores Públicos, realizado pela ANADEP. Para participar é preciso se inscrever através do e-mail adep.minas@gmail.com ou pelos telefones (31) 2511-1721 ou 3295-0520 até o dia 27/07. O sorteio acontecerá no dia 28/07 às 10h30. O associado poderá se inscrever simultaneamente para concorrer nos três congressos. Confira o número de vagas que serão sorteadas:

II Congresso Mineiro de Direito de Família e Sucessões
Realização: IBDFAM
Data: 19 a 21 de agosto de 2010
Local: Belo Horizonte (MG)
Informações: secaomg@ibdfam.org.br / (31) 3284-7208 / (31) 8893-3071
Tema: Nas engrenagens do Direito: entre afetos, disputas e leis.
Local: Teatro Granada – Minascentro (Rua Curitiba, nº 1264 – Centro)
Número de associados que serão sorteados: 05 (cinco associados)


16º Seminário Internacional de Ciências Criminais
Realização: IBCCRIM
Data: 24 a 27 de agosto de 2010
Local: São Paulo (SP)
Informações: http://www.ibccrim.org.br/seminario/2010/seminario.php
Local: Hotel Tivoli São Paulo – Mofarrej ( Al. Santos,1437 – Jardins)
Número de associados que serão sorteados: 02 (dois associados)


IX Congresso Nacional dos Defensores Públicos
Realização: ANADEP
Data: 16 a 19 de novembro de 2010
Local: Campo Grande (MS)
Informações: http://www.congressoanadep.org.br/index.php
Tema: "DEFENSORIA PÚBLICA: NECESSÁRIA AO ESTADO DEMOCRÁTICO, IMPRESCINDÍVEL AO CIDADÃO".
Local: Centro de Convenções “Arquiteto Rubens Gil De Camillo” (Rua Waldir dos Santos Pereira, s/n – Parque dos Poderes Campo Grande - MS
Número de associados que serão sorteados: 04 (quatro associados)

Ascom / ADEP-MG

Associados da ADEP-MG têm academia com desconto

Atividade física é importante o ano inteiro. Além de trazer saúde e reduzir o estresse, o exercício físico prepara o corpo para o dia a dia. Foi por isso que a ADEPMG firmou parceria com a Wall Street Fitness.
A academia possui musculação, ginástica, spinning e artes marciais. Associados da ADEP-MG e seus dependentes, têm preços promocionais para usufruir de um espaço altamente saudável e de qualidade.
A Wall Street Fitness possui novos horários, visando flexibilidade e comodidade. Confira abaixo seus benefícios:
Convênio válido para:
Musculação + ginástica =
Pilates Ball, Swásthya Yôga, Localizada, Alongamento,
Abdominal, Step, Aerodance, Pump, Circuito Dança de salão.
Horária livre todos os dias.
Valor de 50.00 reais (CINQUENTA REAIS).
____

Spinning + Musculação + ginástica =
Pilates Ball, Swásthya Yôga, Localizada, Alongamento,
Abdominal, Step, Aerodance, Pump, Circuito Dança de salão:
todos os dias horários livres.
Valor de 60.00 reais (SESSENTA REAIS).
_____
Artes marciais + Musculação + ginástica =
Pilates Ball, Swásthya Yôga, Localizada, Alongamento,
Abdominal, Step, Aerodance, Pump, Circuito Dança de salão:
Krav-maga, Capoeira, Jiu-jitsu, Kick-boxing, Kung-fu.
Valor de 70.00 reais (SETENTA REAIS).
Não é cobrado matricula e a carteirinha grátis.
*TODOS ALUNOS DA ACADEMIA TÊM DIREITO:
*Avaliação física grátis.
*Avaliação nutricional grátis.
Conheça o site da academia. www.wallstreetfitness.com.br
Ascom/ ADEP-MG

I Congresso Nacional de Defensores Públicos da Infância

Acontece em São Paulo, entre os dias 19 e 21 de agosto, o I Congresso Nacional dos Defensores Públicos da Infância e da Juventude. O evento tem o objetivo de contribuir para o fortalecimento da rede de defesa dos direitos das crianças e ado­lescentes. Para participar das mesas-redondas, exposições e construções coletivas propostas pelo Congresso, estarão pre­sentes representantes de entidades, atores do sistema de justiça e demais profissionais que atuam na defesa dos direitos da criança. Os painéis e palestras abordarão diversos temas, tais como os espaços políticos de atuação das defensorias públi­cas, novos rumos internacionais da defesa técnica, além dos desafios e avanços alcançados nos 20 anos do Estatuto da Cri­ança e do Adolescente. A programação também inclui a apresentação e aprovação de teses de defesa pelo Fórum Nacional dos Defensores Públicos Coordenadores de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes.

Inscrições – Para participar do I Congresso Nacional dos Defensores Públicos da Infância e da Juventude, o defensor público deve encaminhar: nome completo, Estado da federação, endereço eletrônico e telefone para o email
nucleo.infancia@dpesp.sp.gov.br, até o dia 20 de julho. Para acessar a programação completa, clique aqui.

Fonte: ABMP

Tv Alterosa destaca ação da Defensoria Pública de Alfenas

Banho quente para detentos

Presídio de Alfenas vai ter que oferecer banho quente aos detentos. A determinação veio depois de uma ação da Defensoria Pública.



Fonte: Tv Alterosa

terça-feira, 13 de julho de 2010

Defensoria Pública de Valadares pode perder estagiários

Parte dos 15 estagiários que trabalham na Defensoria Pública de Governador Valadares poderá deixar as atividades. A Prefeitura Municipal, que paga os salários através de convênio com a Defensoria Pública, alega que terá que realizar cortes para reduzir gastos e se adequar a lei de responsabilidade fiscal.

Na Defensoria Pública de Governador Valadares atuam quatro Defensores que atendem, cada um, cerca de mil processos por mês. Para auxiliar nesse grande número de processos e assistidos, 15 estagiários trabalham no apoio aos Defensores. Os salários dos estagiários são pagos pela prefeitura que cede ainda dois funcionários que auxiliam na parte administrativa da instituição.

Segundo o Defensor Público de Governador Valadares, Gilvan de Oliveira Machado, a parceria da Defensoria Pública com o município beneficia prioritariamente os assistidos. “Infelizmente a Defensoria Pública não tem condições orçamentárias de criar seu próprio corpo administrativo e de carreiras de apoio aos Defensores. Desta forma, buscamos apoio do município, o que favorece diretamente a população”, disse Gilvan Machado. O Defensor lembra que, caso os estagiários deixem de atuar na Defensoria, o número de atendimentos deverá diminuir.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Governador Valadares informou que os cortes estão sendo realizados para ajustar as contas do município. Entretanto, não informou o número de estagiários que deverá continuar trabalhando.

Após algumas tentativas, o Defensor Público Gilvan Machado conseguiu marcar uma reunião com o Secretário de Administração para discutir a situação. O encontro está gendado parqa a para a próxima sexta-feira (16/07).

Ascom / ADEP-MG

Inscrições para fórum sobre segurança começam segunda-feira (19)

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais, junto com entidades da sociedade civil, estudiosos e instituições públicas, realiza a etapa final do Fórum Técnico Segurança Pública: Drogas, criminalidade e violência, entre os dias 11 e 13 de agosto de 2010. As inscrições para o evento começam nesta segunda-feira (19/7/10) e poderão ser feitas até o dia 3 de agosto, pelo site www.almg.gov.br . Os 115 primeiros inscritos individualmente terão direito a voto na plenária final.

Este é o primeiro evento institucional da Assembleia em que os participantes inscritos individualmente terão direito a se manifestar e também poderão votar no momento da elaboração do documento final. Até então, apenas os inscritos via instituições tinham direito a voto. A mudança reforça o compromisso da ALMG em buscar a participação, não somente dos grupos organizados da sociedade civil, mas também do cidadão que não é vinculado a nenhuma entidade ou instituição.

Mais informações sobre as inscrições podem ser obtidas no Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC) da Assembleia, pelo telefone (31) 2108-7800; pelo e-mail: cac@almg.gov.br; ou pessoalmente (Rua Rodrigues Caldas, 30, bairro Santo Agostinho). O evento terá transmissão ao vivo pela TV Assembleia e pela TV Assembleia online, e a participação estará aberta para os telespectadores, pelo telefone gratuito 0800 709 2564 ou pela internet (formulário eletrônico estará disponível nos dias do evento).

Temas - Entre os temas que serão abordados no fórum estão: avaliar os desafios impostos pela criminalidade, em especial pelo crime organizado e pelo tráfico de drogas; discutir as políticas de prevenção à criminalidade e ao uso de drogas; e avaliar as políticas públicas de tratamento da dependência química, bem como a vitimização de grupos sociais vulneráveis às diversas formas de violência.

Fonte: ALMG

Divórcio será imediato com promulgação de emenda à Constituição hoje

O Congresso promulga hoje emenda à Constituição que torna o divórcio imediato. A chamada PEC do Divórcio facilita a dissolução do casamento civil ao eliminar a exigência atual de separação judicial prévia por mais de um ano ou de separação de fato por mais de dois anos para que os casais possam se divorciar.

A emenda teve origem na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 413/05, do suplente de deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), e poderá beneficiar as mais de 153 mil pessoas que se divorciam por ano no País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2008.

A PEC foi aprovada na semana passada pelo Senado, graças a acordo de líderes, que permitiu a supressão de prazos de discussão da matéria. Na Câmara, a medida foi aprovada em junho de 2009 com 315 votos favoráveis e 88 contrários.

O texto aprovado pelos deputados e confirmado pelo Senado foi o substitutivo do também suplente de deputado Joseph Bandeira às PECs 413/05 e 33/07, esta do deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), que tramitou apensadaTramitação em conjunto. Quando uma proposta apresentada é semelhante a outra que já está tramitando, a Mesa da Câmara determina que a mais recente seja apensada à mais antiga. Se um dos projetos já tiver sido aprovado pelo Senado, este encabeça a lista, tendo prioridade. O relator dá um parecer único, mas precisa se pronunciar sobre todos. Quando aprova mais de um projeto apensado, o relator faz um texto substitutivo ao projeto original. O relator pode também recomendar a aprovação de um projeto apensado e a rejeição dos demais. à proposta de Biscaia. Outra PEC que tramitava apensada, a 22/99, do deputado Enio Bacci (PDT-RS), foi rejeitada porque propunha prazo de um ano para requerer o divórcio em qualquer caso.

Fim da hipocrisia

Os autores das medidas aprovadas, Antonio Carlos Biscaia e Sérgio Barradas Carneiro, defendem a desburocratização do fim do casamento. "O divórcio já é um tema consolidado em nosso País desde a Lei do Divórcio, de 1977. Não há razão para que a Constituição faça exigências", diz Biscaia.
Ele explica que as regras vigentes permitem fraudes, pois qualquer pessoa pode dizer ao juiz que um casal está separado há mais de dois anos, para obter o divórcio.
"A PEC vai acabar com a hipocrisia hoje existente de um casal que se separa hoje a amanhã leva uma testemunha para prestar depoimento falso", acrescenta Biscaia, que nos anos 1980 atuou como promotor em vara de Família.

Economia de sentimentos

Segundo Barradas Carneiro, a simplificação do divórcio vai representar também economia para o casal, que terá de pagar honorários advocatícios e custas processuais apenas uma vez, e não mais duas, nos casos de separação judicial.
Esse ponto foi destacado também pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, para quem a aprovação da PEC representa um avanço para o País.

"Não há sentido algum que o cidadão tenha que despender custos com a separação judicial e depois gastos adicionais com o divórcio em si. É como se o Estado cartorializasse uma relação que já poderia ter sido encerrada em um primeiro momento", explica Ophir, em nota da OAB.
Na opinião de Sérgio Barradas Carneiro, no entanto, a maior economia é a dos "custos sentimentais". "A nova regra economiza, além de dinheiro, sofrimento, dor e constrangimento. O divórcio hoje é uma discussão sem fim."
A sessão de promulgação da PEC está prevista para as 12 horas no plenário do Senado.

Fonte: Agência Senado

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Estatuto da Criança e do Adolescente é tema do Pergunte ao Defensor

O programa Pergunte ao Defensor que foi ao ar neste último sábado (10/07) pela Rádio Favela, discutiu os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. O Defensor Público que atua na Infância e Juventude Civil da capital, Wellerson Eduardo da Silva Corrêa, explicou para o público os principais avanços e mitos sobre o estatuto.

O Defensor Público Alfredo Emanuel Farias de Oliveira, que atua na Vara de Família, respondeu a dúvida de um pai que busca a guarda dos filhos e a suspensão do pagamento da pensão.
De Pitangui, a Defensora Pública Hellen Caires, relatou o trabalho de atendimento na cidade vizinha de Papagaios, mesmo sendo a única Defensora de Pitangui. O próximo atendimento em forma de mutirão na cidade vizinha acontecerá no dia 21 de julho.

Ouça o programa.



Ascom / ADEP-MG

Defensoria Pública de Alfenas participa de Semana de prevenção de acidentes

A Defensoria Pública de Alfenas participou na manhã desta segunda-feira (12/07), da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat) que acontece no salão I e II da Unifenas. O evento que começou hoje e segue até na próxima sexta-feira (16), é promovido pela Universidade de Alfenas e pelo Hospital Universitário Alzira Velano.

O Defensor Público de Alfenas, Renato Faloni, palestrou no evento com o tema "Portadores de necessidades especiais e sua inclusão social mediante a implementação de políticas públicas". Ele falou sobre o respeito aos direitos das pessoas portadoras de necessidade especial, como instrumento de inclusão e promoção da cidadania. “A lei existe porque a sociedade ainda não tomou consciência de seu inarredável compromisso para com os portadores de necessidades especiais. O que a lei prevê na verdade são posturas que deveriam ser expressadas normalmente, pois, especiais ou não, todos somos humanos” disse Renato Faloni.

Ascom / ADEP-MG

Cresce denúncia de agressão a mulher em Montes Claros

Em quatro anos, o número de casos subiu 157% em Montes Claros, mas apenas 7% terminaram na Justiça
MONTES CLAROS – O número de denúncias de agressões contra mulheres cresceu 157% em Montes Claros, no Norte de Minas, em quatro anos. Em 2006, foram registrados 761 casos de mulheres vítimas de violência, número que subiu para 1.580, em 2007, e 1.960, em 2009. Os dados de 2008 não foram disponibilizados para análise. Dos casos confirmados no ano passado, três acabaram em morte e em oito houve tentativa de homicídio. O aumento, segundo especialistas, é resultado da Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 e estaria encorajando as mulheres a denunciarem os agressores.

Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada por estudantes do curso de Comunicação Social das Faculdades Integradas do Norte de Minas, tendo como base as ocorrências registradas na Polícia Militar e na Defensoria Pública.

Elas mostram, inclusive, que foram registradas 1.679 ameaças de agressão em 2009. Das 1.960 consumadas, 985 foram mais leves e 975 com lesões mais graves. Mas, apesar de tantos casos registrados pela polícia, apenas 140 processos deram entrada no Fórum Gonçalves Chaves, no mesmo período, ou seja, somente 7,17% dos casos foram até o final.

A pesquisa foi realizada pelas acadêmicas Adriana Lima, Dilma Dias e Joana Cristina Barbosa. Elas salientam que se se considerar que Montes Claros tem 360 mil habitantes, estatisticamente é pequeno o volume de ocorrências. Mas, mesmo assim, o número é considerado alto, em função da gravidade desse tipo de comportamento que, para elas, não deveria mais ser aceito na sociedade.

O aumento dos últimos quatro anos, no entanto, parece não se confirmar em 2010. Pelo levantamento, houve uma redução de 21,58% de crimes contra a mulher nos primeiros quatro meses, em Montes Claros. Foram registradas 465 agressões, enquanto que, em 2009, no mesmo período, foram 593 – 128 casos a menos.

Neste ano, foram 923 boletins de ocorrência, onde mulheres aparecem como vítimas de agressão doméstica. No ano passado, no mesmo período, havia 1.107 boletins, uma queda de 184 casos – retração de 16,6%.

“De qualquer modo, é um dado gritante e que demonstra a necessidade de buscar políticas públicas para reverter esta situação”, afirma Joana Barbosa.

Outro aspecto que chamou a atenção na pesquisa é que antes da criação da Lei Maria da Penha, Montes Claros possuía todos os equipamentos de proteção à mulher vítima de agressão, como a Delegacia da Mulher, criada em 1998, e a Defensoria Pública da Mulher, aberta em 2005. Os dois órgãos foram desativados e, atualmente, os casos de agressão a mulheres são resolvidos em delegacias convencionais.

A criação das Áreas Integradas de Segurança Pública provocou a desativação da Delegacia Especializada da Mulher. Mas o chefe do Departamento da Polícia Civil do Norte de Minas, Aluízio Mesquita, anunciou que a divisão deverá ser reativada.

Fonte: Jornal Hoje em Dia

Bebê abandonado em banheiro: defensora pública entende que mãe pode responder pelo crime em liberdade

A jovem de 21 anos que abandonou seu bebê no banheiro de um posto de combustíveis em Araguari, no último dia 13 de junho, deve responder pelo seu ato, no entanto, não precisa permanecer atrás das grades. Esse é o entendimento da defensora pública Vanessa Moreira Oliveira, que aguarda a decisão sobre o pedido de liberdade provisória apresentado ao titular da Vara Criminal da comarca, juiz Márcio José Tricote.

“Ela preenche todos os requisitos exigidos na lei, uma vez que tem endereço fixo, não irá fugir à aplicação da lei penal, não colocará em risco a garantia da ordem pública assim como a conveniência da instrução criminal”, assegura a advogada, acreditando que o magistrado irá acatar a sua solicitação. “Espero que a decisão saia até a próxima semana”.

A defensora pública confirmou que Lanna Carly foi denunciada pelo Ministério Público por tentativa de infanticídio, no entanto, a promotoria teria acenado positivamente com relação ao pedido de liberdade provisória da jovem.

Ainda conforme revelou a advogada, Lanna Carly, que é natural de Tauá, estado do Ceará, vem apresentando um quadro de depressão na unidade prisional, problema que ela carrega desde que deu à luz ao primeiro filho, há quatro anos.

“Os pais de Lanna disseram que ela é uma excelente mãe e que cometeu aquele ato justamente pelo reflexo da doença. Agora, ela quer dar a volta por cima e cuidar dessa criança com todo carinho”, destacou Vanessa Moreira Oliveira.

Para concluir, a defensora pública não descartou a possibilidade de entrar com um possível habeas corpus no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, caso a decisão na comarca não saia a contento com seu pedido.

O CASO

Mulher encontra recém-nascida em vaso sanitário de um posto de combustível à beira da rodovia BR-050 e aciona a Polícia Militar. Minutos depois, a PM localiza Lanna Carly, mãe do bebê, dentro do ônibus que saiu de São Paulo com destino ao Ceará. Ela estava grávida de nove meses e viajava acompanhada de outro filho, de 4 anos.

A recém-nascida foi internada na UTI Neonatal da Santa Casa de Misericórdia, enquanto Lanna foi encaminhada para o mesmo hospital, sendo autuada em flagrante. Ela negou a intenção de abandonar a criança naquele local.

A mãe do bebê recebeu alta hospitalar dois dias depois e foi levada à unidade prisional do município, no antigo Preventório (local reservado às detentas)
Avós maternos da criança vieram a Araguari no dia 16 de junho e prestaram depoimento na Depol. O outro filho de Lanna Karly permaneceu alguns dias em um abrigo no município, porém, tão logo tomou conhecimento do episódio, o pai biológico do menor veio a Araguari e levou a criança para São Paulo, onde mora.

A delegada Ana Cristina Marques Bernardes concluiu o inquérito e indiciou Lanna Carly por tentativa de infanticídio. Pelo mesmo motivo, ela foi denunciada pelo Ministério Público.
A defensora pública Vanessa Oliveira entrou com pedido de liberdade provisória da indiciada. Em seguida, a Justiça concedeu a guarda da criança aos avós maternos.

Fonte: Gazeta do Triângulo

Violação de direitos humanos será apurada na ocupação Dandadara

A situação de cerca de quatro mil pessoas que hoje vivem na ocupação conhecida como "Terra de Dandara", no bairro Céu Azul, em Belo Horizonte, será tema de audiência da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, na próxima quarta-feira (14/7/10). A reunião será realizada no Teatro, a partir das 14 horas, a requerimento do presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT). Os deputados querem discutir, com convidados, possíveis violações de direitos humanos no iminente despejo dessas famílias.

A ocupação começou com 150 famílias, no dia 9 de abril de 2009, como parte das ações do que ficou conhecido como "Abril Vermelho", em que movimentos sociais reforçaram a luta pela função social da propriedade. Hoje são 981 barracos cadastrados e numerados. Estima-se a presença de mais de 4 mil pessoas. Segundo informações dos movimentos, o terreno ocupado tem 40 mil metros quadrados e está abandonado desde a década de 70.

Os ocupantes reivindicam a divisão da área em lotes, onde as famílias adotariam um sistema de agricultura periurbana, destinando parte de cada terreno a tirar a subsistência ou para complementar a renda familiar, além de proporcionar alternativa de alimentação saudável. Mas já houve decisão judicial para a desocupação do lugar. Daí a preocupação da Comissão de Direitos Humanos em acompanhar o assunto.

Convidados - Bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e reitor da PUC Minas, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães; secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Sebastião Navarro Vieira Filho; promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça e Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário (CAO-DH), Rodrigo Filgueira de Oliveira; coordenador de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, Gustavo Corgosinho Alves de Meira; secretário Municipal de Políticas Urbanas de Belo Horizonte, Murilo de Campos Valadares; professor do Serviço de Assistência Judiciária da PUC Minas, Fábio Alves dos Santos; assessor da Comissão Pastoral da Terra, Frei Gilvander Luís Moreira; coordenador do Ministério de Promoção Humana da Renovação Carismática Católica-BH e integrante do Movimento Brigadas Populares, Bruno Henrique Nogueira Cardoso.

Fonte: ALMG

ANADEP prorroga inscrições para Concursos de Teses e de Práticas Exitosas do IX Congresso Nacional dos Defensores Públicos

As incrições para os Concursos de Teses e de Práticas Exitosas do IX Congresso Nacional dos Defensores Públicos foram prorrogadas até o dia 13 de agosto.

Ponto alto dos dois últimos congressos, os concursos são ferramentas de promoção do intercâmbio de idéias e troca de informações acerca da atuação dos Defensores Públicos em todo o país.

O concurso de Teses visa fomentar a produção teórica sobre Defensoria Pública. Já o concurso de Práticas Exitosas tem por objetivo compartilhar internamente as experiências dos defensores.

A 9ª edição do Congresso Nacional dos Defensores Públicos será realizado no período de 16 a 19 de novembro na cidade de Campo Grande/MS.

Participe! Estimule os colegas a participarem! Vamos, juntos, construir uma Defensoria Pública realmente una e forte!

Confira a íntegra do Edital do Concurso de Teses.

Confira a íntegra do Edital do Concurso de Práticas Exitosas.

Para se inscrever no IX Congresso Nacional dos Defensores Públicos, clique aqui.

Fonte: ANADEP

Dez outras "Elizas" morrem a cada dia pelo Brasil


Cidades

Dia a dia. Escondidas nas estatísticas, anônimas sofrem com agressões vindas de relações conturbadas


Caso Bruno expõe violência; número de denúncias em Minas cresceu 300% em junho


THAÍNE BELISSA


Amor e ódio. As duas palavras que formavam a senha do computador de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, são também o resumo de sua própria história. Mas a devastadora mistura desses dois sentimentos tem feito muitas outras vítimas em todo o país. Longe dos corredores da fama e das câmeras de televisão, milhares de "Elizas" sofrem agressões e são assassinadas no silêncio de seu anonimato.

Segundo o estudo Mapa da Violência no Brasil 2010, do Instituto Sangari, durante um período de dez anos (1997 a 2007) ocorreram dez assassinatos de mulheres por dia no país. O índice é de 4,2 mortes por 100 mil habitantes, uma média acima do padrão internacional.

O número de denúncias de agressões às brasileiras também é alto. A Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SPM) registrou 271.719 atendimentos, de janeiro a maio de 2010, o que significa um aumento de 95,5% em relação aos primeiros cinco meses de 2009. Em Minas Gerais, o número de denúncias cresceu 300% no mês de junho, em comparação a maio, segundo a Secretaria do Estado de Desenvolvimento Social (Seds).

Para a subsecretária de enfrentamento da violência contra mulher da SPM, Aparecida Gonçalves, a legislação de proteção é avançada no país. No entanto, ela acredita que ainda existem brechas na abordagem das vítimas. "Um dos problemas enfrentados pelas mulheres agredidas é o preconceito das autoridades que as recebem durante a ocorrência. Muitos relatos são tratados como exagero. Isso vem de uma cultura machista, onde a mulher é vista como fofoqueira ou histérica", afirma.

Aparecida lembra que, por causa dessa descrença, os processos de agressão, muitas vezes, demoram a ser encaminhados. "A mulher que sofre esse tipo de preconceito pode nunca mais voltar à delegacia e continuar sofrendo em casa. Às vezes, até morrer", alerta. Outro problema apontado pela subsecretária é a falta de acompanhamento das mulheres. Ela defende um tratamento psicológico e social mais efetivo para que as vítimas reconstruam a própria identidade e saibam dar um basta em seus agressores. "Esse não é um atendimento apenas emergencial. A mulher que passa por uma agressão precisa voltar inteira para a sociedade e isso é feito com ajuda profissional", afirma.

Homens. O envolvimento dos homens no enfrentamento à violência contra a mulher é apontado como um importante passo pela subsecretária. "Não estou dizendo para irem às ruas, mas combater a violência no dia a dia, durante as conversas de bar, convencendo os amigos da seriedade do problema", afirma.

Para a defensora pública e coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência (Nudem), da comarca de Varginha, Samantha Vilarinho, muitos policiais e delegados não aplicam a lei na prática. A situação se agrava no interior dos Estados.

"Existem pessoas mal preparadas que desconhecem a lei e enviam as ocorrências para o lugar errado. Em vez de encaminharem as vítimas para receberem as medidas de proteção, as enviam para o juizado especial. Lá, as mulheres apenas passam por uma conciliação e, no máximo, o agressor paga uma multa", afirma. Como saída para o problema, a defensora pública defende um treinamento adequado para as autoridades que recebem as denúncias.


Análise

Sociedade também precisa intervir com ações

O aumento do número de denúncias também pode ser interpretado como uma reação das próprias vítimas, segundo a coordenadora estadual de políticas para mulheres em Minas Gerais, Eliana Piola. “A sociedade também começa a entender que é um problema de âmbito nacional e, ao contrário do ditado popular, está colocando a colher”, afirma.

Mesmo assim, a coordenadora lembra que muitas mulheres ainda demoram anos para fazer a primeira denúncia. Segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, 39,8% das brasileiras declararam sofrer violência desde o início da relação, 38% disseram que o tempo com o agressor é acima de dez anos e 71,7% moram com ele. “Muitas dependem economicamente do agressor, outras querem manter a família unida ou, ainda, preservar a honra. Mas a maioria não reage imediatamente porque espera que o companheiro mude de comportamento”, afirma Eliana.

Para ela, a violência contra a mulher é a face mais perversa da desigualdade de gênero. “É uma questão cultural. A criança não nasce violenta, são as construções do dia a dia que determinam suas atitudes”, explica. (TB)


Publicado em: 11/07/2010
Fonte: O Tempo