segunda-feira, 10 de agosto de 2009

SINDICATO, GREVE E AGE

Nos últimos meses fomos reiteradamente questionados pelos colegas sobre a criação de um sindicato de Defensores Públicos pelo mesmo grupo derrotado nas eleições de março deste ano. Mais recentemente, estes mesmos colegas, proclamando a fundação de um sindicato, apresentaram proposta de realização de greve.
Cabe então, nos pronunciarmos sobre este assunto.
Primeiramente, a fundação de um sindicato atenta contra os interesses da categoria e se mostra claramente antidemocrática. Isto porque afeta a representatividade da categoria, enfraquece seus pleitos e pior, legitima uma busca pelo poder a qualquer custo por parte dos derrotados em eleições limpas e regulares na ADEP.
Em segundo lugar, não acreditamos que neste momento (Agosto) a melhor providência da categoria seja a deflagração de greve. É preciso insistir na negociação responsável, até que ela se mostre infrutífera. Ademais, já vivenciamos a maior greve da história da Defensoria Pública do Brasil, e mesmo assim não tivemos o avanço conquistado por outros Estados. E mais importante, a Diretoria da ADEP já consolidou proposta da categoria e vem trabalhando arduamente para a sensibilização das autoridades estaduais e pela negociação da proposta com o vice-governador.
Entretanto, é claro, tais questões serão objeto de análise soberana pela categoria em AGE a ser brevemente convocada para o próximo mês.
Sabemos que a situação dos Defensores Públicos de Minas Gerais é grave, porque a Administração da DPMG carece de maior apoio político-institucional. E dentro da categoria contamos com colegas que colocam seus interesses pessoais acima dos interesses da categoria. É preciso ter prudência e discernimento para evitar que a inconseqüência de poucos, prejudique o interesse de muitos.

Belo Horizonte, 10 de agosto de 2009.


Felipe Augusto Cardoso Soledade
Presidente eleito da ADEP

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