O início de uma rebelião na cela dos adolescentes, na cadeia pública de Três Corações no dia 27 de julho, levou os defensores públicos Samantha Vilarinho e Wender Mendonça a realizar um atendimento específico, em que ouviram queixas dos presos sobre o atendimento médico oferecido no local. A defensora confirmou que o atendimento médico que há na cadeia é, de fato, moroso. "Um adolescente passou mal e não teve a assistência necessária até que a sua família nos procurou", explica a defensora.
Samantha Vilarinho conta que não houve um atendimento pessoal. Apenas dois Defensores Públicos partiparam da orientação aos presos. "Fizemos algo parecido em fevereiro, mas haviam oito defensores", destaca.
As celas dos adolescentes ocupam um dos menores espaços na cadeia pública de Três Corações que comporta 70 presos e atualmente abriga 150 pessoas.
Nos últimos dois meses, a Defensoria da comarca foi protagonista de quatro reportagens, a última publicada pelo Jornal da Alterosa, no dia 30 de julho.
Conforme a defensora, razão para tanto espaço na mídia é a falta de estrutura na Defensoria Pública de Três Corações. Não há número suficiente de defensores, faltam funcionários administrativos e estagiários.
A falta de estrutura é revelada, inclusive, no fato de a defensora ter sido "convidada" a se mudar de sala por duas vezes, só este ano. A primeira ocorreu em março. A próxima está prestes a acontecer. "A sala para a qual devo me mudar fica no Juizado Especial, a um quarteirão do endereço em que atendo no momento. Como vou explicar para o assistido que não atendo os casos do Juizado Especial?", questiona, Samantha, única defensora de uma comarca que tem dois juízes e 90 mil habitantes. "Para atender toda a população, eu só tenho uma estagiária voluntária, que está comigo há pouco mais de dois meses. Para mudar de sala, solicitei mais uma estagiária e um funcionário administrativo", finaliza.
Clique aqui, entre em nosso canal no Youtube e confira a matéria feita pelo Jornal da Alterosa no dia 30 de julho sobre a visita dos defensores do sul de Minas na cadeia pública da região.
Ascom ADEP-MG
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