Categoria reivindica melhores salários. Defensoria da cidade é responsável por 80% dos processos criminais na região
Defensores de todo o estado paralisaram as atividades essa semana para reivindicar aumento de salário, mais profissionais e melhor estrutura.
Na porta da Defensoria Pública de Juiz de Fora um aviso anuncia que as atividades estão paralisadas até a próxima sexta-feira (18). Quem procurou atendimento teve que voltar para casa sem o serviço.
A dona de casa Juliana Rodrigues procurou o atendimento para saber como está o processo do marido que está preso e vai passar para o regime semi-aberto, mas não conseguiu informações. Já a pedagoga Simony Tedesco buscou a Defensoria pela primeira vez e ficou decepcionada.
Os defensores pedem aumento. Em Minas Gerais o salário da categoria é de R$6.500, o terceiro menor entre os estados brasileiros. Eles pedem reajuste, expansão dos núcleos de atendimento, melhores condições de trabalho e preenchimento dos cargos vagos. Em todo o estado são 460 defensores, número insuficiente. Para atender a demanda seriam necessários, pelo menos, mais 740 profissionais.
Em Juiz de Fora, em média, 200 pessoas procuram a Defensoria Pública por dia. Enquanto houver paralisação, os defensores só farão atendimentos de emergência como urgência de saúde e prisão em flagrante. Os outros serviços só voltam a funcionar depois do recesso, no dia 1º de fevereiro de 2010.
A cidade tem 24 defensores, mas precisa de pelo menos 50. A entidade é responsável por, no mínimo, 80% dos processos na área criminal da região e em todo estado.
Araxá
Em Araxá, estão sendo feitos somente os serviços internos. Os dois únicos defensores, suspenderam audiências e trabalham com os processos que já estavam em andamento.
Fonte: Mega Minas - MGTV Panorama
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