Coordenador do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública de Minas Gerais, Gustavo Corgosinho integrou entre os dias 23 e 28/11, em Salto da Divisa, a Comissão de Investigação das Ameaças de Morte contra a irmã Geraldinha. O grupo foi criado pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CONEDH).
Geralda Magela da Fonseca, conhecida como irmã Geraldinha, é freira da Congregação Romana de São Domingos (CRSD) e vice-presidente do Grupo de Apoio e Defesa dos Direitos Humanos (GADDH). A religiosa está no município desde 1993. Vem sofrendo ameaças de morte. A situação é vivida também pelos membros do acampamento Dom Luciano Mendes, na região.
Atualmente a irmã se dedica ao acompanhamento dos Grupos de Reflexão Bíblica; a organização de Comunidades Eclesiais de Base (Cebs) e de associações comunitárias. A partir desse trabalho foram criadas as associações de pescadores, de lavadeiras, de pedreiros e de moradores. Irmã Geraldinha coordenou a Pastoral da Juventude (PJ), a Pastoral da Criança e as atividades da Associação Asas da Esperança, voltada para a educação infantil. Sob a liderança das Irmãs Dominicanas, Geraldinha foi ainda uma das assistentes da Rádio Comunitária local.
Para se ter ideia da situação instalada no Vale do Jequitinhonha, no mesmo período, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais discutia no Plenário da Câmara Municipal de Salto da Divisa, o conflito agrário na região. A crise persiste desde 2006, quando 185 famílias do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam parte da fazenda Manga do Gustavo, para exigir a desapropriação de área vizinha, na fazenda Monte Cristo.
Ascom / ADEP-MG
Nenhum comentário:
Postar um comentário