sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Defensores visitam ocupação Camilo Torres




No último dia de paralisação da Defensoria Pública de Minas Gerais, defensores e estagiários estiveram na tarde desta sexta-feira (18/12) na ocupação Camilo Torres, localizada no bairro Vale do Jatobá, regional Barreiro. Com a chegada da equipe, os olhares tímidos de dentro das casas, de tijolos, pau-a-pique, se estenderam aos defensores que foram apoiar as famílias instaladas no local.

O Coordenador do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, Gustavo Corgosinho reiterou o apoio à população.




Vivem na Camilo Torres, aproximadamente, 140 famílias, totalizando, em média, 460 pessoas. Dessas, 235 são adultos, 10 idosos e 215 crianças. A ocupação ocorreu há mais de um ano. Segundo moradores, o local era uma área para instalação de indústria. "Antes, isso aqui era só mato. Era desocupado, e a gente precisando de moradia", comenta Lacerda dos Santos, que está no assentamento desde o início.

Lacerda, 34, mora com sua filha em uma das casas construídas no loteamento. Antes, morava de favor na casa de sua mãe, em um bairro próximo. Viu com satisfação a chegada dos Defensores Públicos no assentamento e considerou fundamental o apoio da Defensoria mineira. Maria das Graças Fonseca, 54, catadora de ferro velho, também reconhece a importância dos defensores na Camilo Torres.




Além dos defensores e estagiários da Defensoria, também estiveram no local o Frei Gilvander Luis Moreira, da igreja do Carmo, o coordenador da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), Pedro Valadares, e os professores do Projeto de Educação de Trabalhadores (PET), Charles Moreira Cunha e Luiz Henrique Roberti. PET é uma equipe de 15 professores que há 14 anos trabalha com educação de adultos e vem ajudando, desde o início do ano, os moradores da ocupação.

Ascom / ADEP-MG

Nenhum comentário:

Postar um comentário