terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Correio de Uberlândia: Defensores Públicos fazem paralisação nesta semana

Eles querem equiparação salarial com outras defensorias estaduais; atendimentos não serão realizados

A Defensoria Pública de Uberlândia está fechada para atendimento ao público nesta semana e as consultas e os acompanhamentos de audiências não serão realizados, segundo a coordenação local. Os 15 defensores de Uberlândia aderiram à paralisação. Eles querem equiparação dos salários com os de outras defensorias estaduais. Mensalmente, cerca de 2,2 mil pessoas são atendidas pela defensoria uberlandense. O movimento de paralisação é estadual.

“Precisamos do reajuste. Embora seja uma das defensorias mais antigas do Brasil, paga um dos piores vencimentos do país”, afirmou o coordenador local da Defensoria Pública, Clayton Barbosa. Somente os atendimentos urgentes, como busca e apreensão de menor ou casos de violência na separação de corpos entre casais, serão realizados, afirmou Barbosa.

Segundo o defensor, o vencimento da categoria em Minas Gerais é de R$ 6,5 mil, bruto, e R$ 4,7 mil, líquido. “No Rio de Janeiro é R$ 19 mil, bruto. Nossos parâmetros são as defensorias dos outros estados”, disse Barbosa. “A cada 12 dias, Minas perde um defensor. Era para ter 1.200 defensores, só tem 460 e a cada dia vai diminuindo. Dos 853 municípios, mais de 70% não têm defensoria pública”

De acordo com a coordenação local, cerca de 80 audiências não serão realizadas nesta semana de paralisação da Defensoria Pública. “Há várias audiências marcadas que nós não faremos. Comunicamos ao diretor do foro e pedimos para ele redesignar (outros defensores)”, afirmou Clayton Barbosa. “A paralisação é para informar à população, imprensa e aos políticos que quem resolve o problema é o governador do Estado”, afirmou o coordenador.

A última greve da categoria em Minas Gerais foi há três anos. “Estamos trabalhando para não ter greve. Na assembleia dos defensores, alguns queriam ter entrado em greve no dia 4 de dezembro. Apresentamos uma planilha com cronograma de aumento gradual em 36 meses, como aconteceu no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul”, disse Barbosa.

Caso as reivindicações não sejam atendidas, os defensores mineiros planejam entrar em greve no dia 8 de fevereiro.

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