Os defensores públicos de Minas Gerais paralisaram suas atividades nesta segunda-feira (1), segundo o presidente da Associação dos Defensores Públicos de Minas Gerais (Adep) Felipe Soledade. “Conversei com vários colegas da capital e interior e o pude verificar que cerca de 90% das 21 regiões da associação estão paralisadas ou tomando as últimas providências para paralisar”, calculou o presidente.
Até sexta-feira (5), serão realizados apenas atendimentos aos casos de urgência como pensão alimentícia, autos de prisão em flagrante e medicamento. Soledade afirmou ainda que, a partir de quarta-feira (3), os defensores devem se reunir em Belo Horizonte, durante o 1º Encontro de Defensores Públicos de Minas Gerais, para avaliar se a mobilização continua na próxima semana.
Entre as principais reivindicações dos defensores estão a demanda por mais investimento do Estado, a contratação de servidores de apoio e a reposição salarial.
O presidente da Adep afirmou que, na noite de domingo (31), esteve na sede da Defensoria Pública de Belo Horizonte, no Barro Preto, Região Centro-Sul, para avisar aos cidadãos que ficam na fila da instituição sobre o movimento de paralisação. “Eles poderiam passar a noite lá, como sempre acontece, e não serem atendidos pela manhã”, explicou.
O presidente disse que foi afixada uma faixa no local sobre a paralisação e que membros da Comissão de Mobilização estarão no local para verificar a urgência dos casos e explicar o motivo do movimento.
Em nota divulgada à Imprensa, o Governo estadual afirmou que em relação ao orçamento fiscal, o repasse para a Defensoria Pública de Minas Gerais saltou de pouco mais de R$ 25 milhões, em 2003, para R$ 118 milhões, previstos até o final de 2009, o que corresponde a um aumento da ordem de 370%. Ainda de acordo com a nota, de 2003 a 2007, a Defensoria Pública realizou dois concursos para provimento de cargos na carreira, possibilitando a posse de 102 novos defensores em janeiro de 2008.
Fonte: Hoje em Dia
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