A falta de defensores públicos atinge todo o país. Em Minas Gerais o número de profissionais está abaixo da metade do necessário. Um problema que dificulta a vida de quem precisa do serviço.
Daniela Santos Matos procurou pelos serviços da defensoria pública para resolver a pensão alimentícia do filho. O processo já foi aberto, mas é lento. “Não tenho condições de pagar,o meu filho adoece, precisa de várias coisas e as contas não param de chegar. Tenho que esperar o tempo todo, inclusive para ir à defensoria. Até tive de pedir dispensa do trabalho”, conta.
A longa espera é uma realidade de milhares de brasileiros que não têm condições de pagar um advogado. Só para se ter uma ideia, Minas Gerais precisaria de 1.200 defensores públicos, mas são apenas 440, menos da metade para atender uma demanda, que não diminui.
Em Divinópolis, pelo menos 1.300 pessoas por mês procuram pelos serviços. Há dois anos eram 14 profissionais, mas o número caiu pela metade. Na Vara da Família, são atendidas cerca de 700 pessoas por mês. Nela, quatro estagiários ajudam a única defensora, Nádia Maria Amaral, que se divide entre os processos e as audiências.
Segundo a coordenadora do órgão na cidade, Rita Fernandes da Silva, os profissionais passaram para outras carreiras do Direito. “Por causa da falta de gente eles deixam de atender outras varas, como a civil e juizado”, ressalta.
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