O caderno Gerais, do jornal Estado de Minas, traz, nesta segunda-feira, 15 de junho, uma matéria sobre a onda de violência contra a mulher em Ibirité. Com o título "Ibirité enfrenta onda de agressão a mulher", a reportagem diz que nos últimos seis meses, a Delegacia de Prevenção e Proteção à Família instarou 600 inquéritos para apurar denúncias de espancamento e outros delitos. Se a média for mantida, serão 1,2 mil casos por ano.
Localizado a 21 quilômetros de Belo Horizonte, na região metropolitana, o município tem uma população de cerca de 140 mil habitantes. Proporcionalmente, o índice de violência contra mulheres em Ibirité é o dobro da capital, que tem mais de 2,4 milhões de habitantes e registra, em média, 10 mil casos de agressão por ano. A delegada titular da Divisão de Crimes contra a mulher de Belo Horizonte, Silvana Fiorillo Rocha de Resende, se diz assustada com o número de casos e ressalta que a Secretaria de Segurança Pública não mede esforços na tentativa de coibir esse tipo de crime. Ela cita, por exemplo, a criação do Centro de Integração de Apoio e Referência da Mulher, inaugurado no início do mês em Belo Horizonte.
Segundo a delegada, além das delegacias especializadas que atendem as vítimas 24 horas (incluindo domingos e feriados), o Instituto Médico Legal (IML) foi qualificado para fazer análises de lesões sofridas por mulheres. O centro também passa a dispor de uma rede de Defensores Públicos, que ajudarão as mulheres a serem beneficiadas pela Lei Maria da Penha.
A lei foi aprovada em 2006 pelo Congresso Nacional na tentativa de coibir os casos de violência doméstica. "Para que a lei seja cumprida, é necessário a presença de advogados ou defensores públicos, que já estão disponíveis no centro", destaca a delegada, em entrevista ao jornal.
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