terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nelson Hungria: sexo, drogas, rock´n roll e telefone livres

Imagens divulgadas com exclusividade pela Rede Record mostram que lá os presos são quem mandam

Considerada pelo governo mineiro como uma instituição de segurança máxima, a Penitenciária Nelson Hungria, em Nova Contagem, Grande BH, está nas mãos dos presos. Lá, eles ditam as normas e transformam o local num paraíso de tráfico de drogas, violência e sexo. Tem mais: o uso de telefone celular e comercialização de drogas também estão liberados.

Na Nelson Hungria, onde estão o presos condenados considerados mais perigosos, o tráfico de drogas, uso de celulares, acertos de contas, além de outras atividades ilícitas, ocorrem em todos os pavilhões. Os presos se esbaldam durante os períodos de banho de sol sem serem incomodados por agentes penitenciários, que, por serem poucos, apenas assistem. Nos finais de semana, os pátios se transformam numa espécie de motel coletivo. Casais se espalham no local, deitam lado a lado e praticam sexo.

As imagens, registradas pelas câmeras de segurança da penitenciária formam divulgadas com exclusividade pela Rede Record.

As imagens exibidas mostram presos falando ao celular dentro da penitenciária, além do tráfico e uso de drogas no pátio da prisão de segurança máxima. Nas imagens, um dos presos usa uma “tereza” - corda improvisada com lençóis - e escala o muro. No alto, ele dá socos para destruir a câmera de segurança e um bloqueador de celulares.

Em outras imagens, grupos de presos com o uniforme vermelho da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) fumam “baseado” (cigarro de maconha), crack e cheiram cocaína. Imagens de várias brigas e tentativa de assassinato de um detento por outro armado com uma faca artesanal.

Em nota, a Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) minimizou a divulgação das imagens sob alegação de que foram gravadas no ano passado. A Seds afirma que todas as situações registradas foram objeto de intervenções imediatas de agentes penitenciários, sendo aplicadas as punições cabíveis a cada situação por parte do Governo do Estado.

No entanto, fontes ligadas aos agentes penitenciários confirmaram que essas situações continuam a se repetir. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, José Maria Marques, admitiu algumas irregularidades, mas se recusou a comentar as imagens. O presidente da Comissão Penitenciária da Ordem dos Advogados de Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), Adilson Rodrigues informou que já requereu explicações junto à Seds.

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Fonte: Jornal Hoje em Dia

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